“Todos os ex-presidentes da República tiveram seus presentes analisados e categorizados pelo GADH, seguindo os mesmos critérios aplicados ao governo Bolsonaro. É inexplicável que este inquérito se concentre exclusivamente em nosso cliente, ignorando casos similares ocorridos em gestões anteriores”, declararam os advogados em comunicado à imprensa.
A defesa também criticou a atuação do Supremo Tribunal Federal (STF), argumentando que o caso deveria ser tratado em instância inferior, conforme declinação de competência feita pela Procuradoria Geral da República (PGR) em agosto de 2023. Segundo os advogados, a permanência do processo na Suprema Corte prejudica o direito de defesa de Bolsonaro e questiona a imparcialidade do relator, Ministro Alexandre de Moraes.
“É inaceitável que acusações infundadas, inflamadas pela mídia, tenham sido corrigidas tardiamente pela própria Polícia Federal. Isso evidencia uma falha grave no processo investigativo e um desrespeito aos direitos fundamentais de nosso cliente”, acrescentaram os advogados.
O episódio levanta questões sobre a transparência e a equidade no tratamento dado a ex-presidentes em investigações dessa natureza. A defesa de Bolsonaro prometeu continuar lutando contra o que chamaram de “perseguição política disfarçada de investigação legítima”.
O futuro do inquérito e suas consequências políticas permanecem incertos. Enquanto isso, o país observa atentamente os desdobramentos dessa batalha legal que coloca em xeque não apenas o legado político de Bolsonaro, mas também a integridade do sistema judicial brasileiro e sua capacidade de conduzir investigações imparciais e transparentes.
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