BOMBA: mais dois novos impostos serão cobrados para proprietários que têm imóveis alugados

A recente reforma tributária, promulgada no final do ano passado, trouxe uma nova realidade para os donos de imóveis no Brasil. A introdução da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) agora impacta diretamente aqueles que possuem mais de três propriedades, criando um cenário de aumento de carga tributária sobre operações imobiliárias.

Nova Tributação:

A CBS e o IBS, que substituíram tributos como PIS, Cofins, ICMS e ISS, foram unificados em uma alíquota combinada que pode chegar a 26,5% sobre o consumo. Para os proprietários de imóveis, especialmente aqueles com múltiplos ativos, essa reforma trouxe mudanças significativas:

 Venda de Imóveis: Empresas que vendem imóveis, como incorporadoras e construtoras, agora enfrentam uma alíquota efetiva de 15,9% sobre o lucro das vendas após um desconto de 40% na alíquota de CBS e IBS. Este aumento é significativo, considerando que a carga tributária anterior variava de 6,4% a 8%.

– Locação de Imóveis: A tributação sobre aluguéis também foi alterada, com um desconto de 60% na alíquota total dos novos impostos, resultando em uma taxa de 10,6%. No entanto, representantes do setor imobiliário argumentam que mesmo com esse desconto, a carga tributária praticamente dobra em comparação com a situação anterior.

Impacto no Mercado Imobiliário:

O setor imobiliário tem expressado preocupação com os potenciais efeitos dessa reforma. A Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) e a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) defendem que os redutores aplicados ainda não são suficientes para garantir a neutralidade na carga tributária, podendo levar a um aumento nos preços dos imóveis e aluguéis, afetando diretamente o consumidor final.

Reações e Desafios:

A reforma foi recebida com resistência por alguns setores, que alegam uma possível desaceleração nos investimentos imobiliários devido ao aumento dos custos operacionais. O presidente da Abrainc, Luiz França, em nota oficial, afirmou que “qualquer aumento na carga tributária pode resultar em desestímulo a novos investimentos, impactando diretamente os consumidores finais, que enfrentarão preços mais altos para comprar ou alugar imóveis.”

O governo, por outro lado, defende que a reforma visa simplificar o sistema tributário, tornando-o mais transparente e justo, e que os redutores foram implementados para equilibrar a carga fiscal. O Ministério da Fazenda argumenta que a nova estrutura tributária permitirá a recuperação de créditos fiscais, potencialmente reduzindo custos em outras áreas.

Fonte: Extra

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