Bernardo Van Brussel Barroso, filho do presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, decidiu não retornar aos Estados Unidos por precaução, após o governo de Donald Trump revogar os vistos de ministros da Corte e seus familiares. A decisão foi tomada em meio a um cenário de alta incerteza e temores legítimos sobre possíveis impedimentos na entrada no país.
Na época do anúncio das sanções, em 18 de julho, Bernardo estava de férias na Europa. Embora não tenha havido comunicação oficial sobre a suspensão de seu visto, ele optou por não tentar o reingresso nos EUA, sobretudo por orientação do pai. Sua escolha refletiu um receio claro, considerado prudente: o risco de ser barrado na imigração.
A medida afeta diretamente seu trabalho como diretor associado do BTG Pactual em Miami. A situação abalou emocionalmente o ministro Barroso, segundo fontes ouvidas pelo UOL sob anonimato.
As sanções fazem parte de uma ofensiva mais ampla do governo Trump, baseada na Lei Magnitsky, que atinge ministros do STF — incluindo Alexandre de Moraes — além de seus familiares e aliados, e impõe restrições financeiras, além do cancelamento de vistos. A justificativa apresentada pelas autoridades dos EUA foi a alegada “perseguição política” a aliados de Jair Bolsonaro no Brasil