O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) publicou um vídeo nas redes sociais no começo de julho de 2025 em que se posiciona contra a política proposta pelo governo de taxar super-ricos, bancos e grandes fortunas — parte da chamada “taxação BBB” (bilionários, bancos e apostas).
Ele classifica o discurso do governo (e da esquerda) como “nós contra eles” — uma narrativa que, segundo ele, tenta dividir a sociedade para fortalecer o projeto político adversário.
Principais argumentos apresentados por Nikolas Ferreira
- Fuga de pessoas e empresas, com impacto sobre empregos e arrecadação
- Ele afirma que, caso a taxação dos super-ricos seja aprovada, muitos indivíduos detentores de grandes recursos se mudarão para fora do Brasil, levando junto suas empresas. Isso, segundo ele, geraria menos investimentos no país, redução de empregos e queda da arrecadação do Estado.
- Ele diz que a narrativa de que “os ricos devem pagar mais para consertar o Brasil” é uma mentira, usada para mobilizar apoio.
- Críticas à narrativa de divisão social
- Nikolas refuta a ideia de oposição entre “ricos e pobres”, dizendo que o discurso é construído para polarizar e dividir a população.
- Ele também critica discursos identitários usados politicamente (ricos vs pobres, brancos vs negros, etc.) como parte da estratégia política.
- “Hipocrisia” e contradições no discurso governamental
- Ele cita gastos públicos do governo como exemplo de contradição: menciona que a primeira-dama Janja supostamente custa R$ 2 milhões ao ano ao Estado com gabinete, apesar de não ter cargo formal. Ele pergunta se esse tipo de gasto seria “taxado” no novo discurso.
- Ele recorda episódios de ostentação atribuídos a figuras políticas do PT: uma gravata da marca Louis Vuitton usada pelo presidente Lula, e uma bolsa cara usada pela deputada Erica Hilton.
- Ele questiona se o governo realmente quer taxar os ricos ou se apenas finge criticar enquanto favorece grandes empresas e aliados.
- Impostos e encargos que já afetariam médias movimentações
- Ele dá o exemplo do IOF (imposto sobre operações financeiras), afirmando que quem movimenta R$ 10.000 acaba pagando R$ 600 de imposto (6 %). Ele usa isso para mostrar que nem sempre “só os muito ricos” seriam atingidos.
- Ele menciona também a tributação de compras pela internet (Shopee) e o aumento do preço da gasolina como medidas que implicariam em custo direto para o cidadão comum.
- Relacionamentos com grandes empresários, favorecimento e corrupção
- Nikolas afirma que o governo favoreceu negócios de grandes bilionários como os irmãos Batista (JBS) e que bancos teriam financiado campanhas do PT, criando um paradoxo quando o mesmo governo se propõe agora a taxar “os ricos”.
- Ele menciona que, se os financiadores eram bilionários e foram beneficiados pelo governo, como agora o discurso os coloca como alvo, isso seria contraditório.
- Ele traz à tona corrupção e desvios ocorridos em governos passados como exemplos de recursos que poderiam ter sido empregados em infraestrutura, saúde e educação.
- Gastos públicos com viagens e comitivas presidenciais
- Uma parte da crítica é direcionada aos gastos com viagens oficiais do presidente e o tamanho das comitivas, que, segundo ele, já teriam somado quase R$ 700 milhões no ano.
- Ele questiona esse tipo de despesa considerando o discurso de que “quem tem muito deve pagar mais”.
Conclusão do discurso de Nikolas Ferreira
O vídeo termina com a defesa firme de que a proposta de taxar os super-ricos não se sustenta:
- porque pode provocar fuga de capital e de empresas,
- porque pode reduzir empregos e arrecadação,
- porque o discurso governamental estaria repleto de contradições e hipocrisias,
- e porque, segundo ele, os que hoje são taxados como “ricos” são justamente aqueles que apoiaram ou foram apoiados pelo governo.
Nikolas quer deixar claro que, para ele, a taxação não é uma solução real para os problemas nacionais, mas uma ferramenta política usada para polarizar e mobilizar apoio.
Assista parte do vídeo:
Vídeo O Tempo News – Produção com auxilio de IA