O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, retirou a tornozeleira eletrônica durante audiência no Supremo Tribunal Federal (STF) na tarde desta segunda-feira.
O dispositivo era uma das medidas impostas desde o acordo de colaboração premiada firmado com a Polícia Federal, em 2023.
Cid chegou ao STF por volta das 14h, horário marcado para a audiência, entrando e saindo pela garagem, sem contato com a imprensa que aguardava na entrada principal.
A reunião durou cerca de 30 minutos. Como não apresentou recurso contra sua condenação por suposta ‘tentativa de golpe de Estado’, Alexandre de Moraes determinou o agendamento da audiência.
Com a retirada do equipamento, Cid se torna o primeiro condenado no caso do 8 de Janeiro a ficar livre das restrições.
Sua defesa já havia solicitado a medida, argumentando que o ex-ajudante havia cumprido dois anos de pena em regime aberto. Moraes, entretanto, havia decidido que a decisão sobre a tornozeleira só poderia ocorrer após o encerramento definitivo do processo.
Na audiência, o STF deve formalizar o cálculo do tempo das medidas restritivas impostas durante o acordo, mas ainda não confirmou se a pena foi integralmente cumprida.
A defesa pediu que também sejam contabilizados os finais de semana e o recolhimento noturno de Cid, o que será avaliado por Moraes.
Único a firmar delação formal entre os investigados, Mauro Cid forneceu informações que levaram à prisão preventiva do general da reserva e ex-ministro Braga Netto e embasaram a denúncia da Procuradoria-Geral da República contra Jair Bolsonaro e sete aliados. Desde o acordo, Cid cumpria medidas cautelares em casa, como o uso da tornozeleira e o recolhimento noturno. (Foto: reprodução; Fonte: UOL)



