O Partido Liberal no Distrito Federal entrou em rota de autodestruição. Sem estratégia eleitoral e sem lideranças capazes de sustentar votos, o PL-DF caminha para um fracasso anunciado com a perda total de sua representação na Câmara dos Deputados em 2026.
A realidade é simples e incômoda. A deputada federal Bia Kicis, presidente regional do partido, admite disputar o Senado.
Atualmente, a legenda conta com Kicis e o deputado Alberto Fraga, eleitos em 2022 graças ao forte desempenho dela, que puxou a segunda cadeira.
Se confirmar o movimento, o PL ficará sem seu único puxador de votos competitivo para a eleição proporcional. Bia quer que o deputado distrital Thiago Manzoni saia para federal.
No entanto, o parlamentar chega a confidenciar a amigos que não deseja trocar a sua reeleição garantida de distrital por uma duvidosa e insegura vaga de deputado federal.
Na eleição passada, Manzoni teve 25 mil votos, ficando na 9ª posição dos 24 deputados eleitos em 2022. Ele nunca será um puxador de votos nem para si próprio se o projeto for esse.
É o fim da linha para um partido que nunca se organizou além do bolsonarismo circunstancial.
Alberto Fraga simboliza esse esvaziamento. Reeleito com pouco mais de 28 mil votos, não se sustenta eleitoralmente sozinho.
Sem Bia Kicis na chapa, sua candidatura se torna praticamente inviável. A aproximação com José Roberto Arruda, político inelegível, revela desespero, não estratégia.
Fontes indicam que o deputado deve deixar o partido bolsonarista e migrar possivelmente para outra legenda na difícil tentativa de continuar com um mandato.
O senador Izalci Lucas (PL-DF), que também enfrenta desgaste eleitora (obteve cerca de 70 mil votos como candidato a governador em 2022), sofre de inanição politica e encontra pouco espaço no PL.
Saiu do PSDB para o PL com a promessa de disputar a reeleição ao Senado ou o direito de disputar o Buriti. Nem uma coisa, nem outra. Por causa disso também irá abandonar o partido bolsonarista.
Do jeito que a coisa caminha, o prejuízo é concreto. Menos deputados significam menos fundo partidário, menos influência e menos poder. Bia seria a causa. Daí o ar de preocupações de Valdemar.
O PL-DF se transforma, assim, em um exemplo clássico de como a ausência de organização política cobra seu preço, e cobra caro.
Fonte: RadarDF



