Procurado, o Itamaraty informou que a embaixada do Brasil em Buenos Aires “fala com todos e em nível alto nas campanhas”
Diplomatas brasileiros se reuniram na semana passada com integrantes da cúpula da campanha do candidato oposicionista a presidente da Argentina, Javier Milei.
Antes da conversa com a cúpula da campanha, a diplomacia brasileira já havia se reunido também com a candidata a vice de Milei, Victoria Villarruel, e com Diana Mondino, provável chanceler em caso de vitória de Milei.
Procurado, o Itamaraty informou que a embaixada do Brasil em Buenos Aires “fala com todos e em nível alto nas campanhas”.
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Segundo relatos feitos à CNN, a intermediação do encontro ocorrido na semana passada foi feita por um interlocutor habitual da Embaixada do Brasil em Buenos Aires, que passou aos brasileiros a informação de as declarações polêmicas de Milei –como a de que ele pretende romper relações com o Brasil– não seriam aplicadas na prática.
Os diplomatas brasileiros, então, disseram que gostariam de ouvir do próprio Milei que o eventual rompimento com o Brasil não era para valer. A partir daí foi agendado o encontro.
Na conversa, segundo relatos passados à CNN, os interlocutores de Milei disseram que o Brasil é imprescindível, e que é um grande parceiro e que, caso Milei vença, deseja ter relações estáveis com o país. Sobre as declarações de Milei na campanha sobre o Brasil, foi dito que há questões que precisam ser ditas em uma campanha presidencial.
No encontro também foram tratadas das diferenças que Milei e seu entorno têm em relação à visão da política externa argentina.
Para eles, relataram à CNN diplomatas brasileiros, o modo como Milei e Massa veem o mundo e o comércio exterior são distintos. Milei reconhece o peso do Brasil, mas não quer ver a Argentina dependente da economia brasileira, enquanto Massa ateria uma estratégia de inserção internacional argentina mais acoplada ao Brasil.
Diplomatas brasileiros relataram à CNN que sempre estiveram abertos a conversar com todos os polos da política argentina porque essa foi justamente a instrução passada pelo presidente Lula, em especial a Argentina. A leitura é de que as relações bilaterais entre Brasil e Argentina são incontornáveis e é impossível negligenciá-las.
CNN Brasil