Um 1º de Maio para Lula nunca mais esquecer

O 1º de maio de 2024 representa um episódio que Lula e o PT não conseguirão esquecer facilmente. O presidente Lula parece ter perdido o contato com a nova realidade, uma realidade onde o cenário político brasileiro, assim como o PT, as Centrais Sindicais, e até a própria disposição social mudou.

Lula se equivocou gravemente ao organizar o evento com as Centrais Sindicais de São Paulo nessa data. O evento foi marcado por uma briga de participação popular e gafes de forma progressiva, culminando na indignação ao estágio desfavorável do encontro, que foi debitado ao ministro Márcio Macedo. Além disso, o presidente cometeu uma infração eleitoral ao usar o evento, financiado pela Petrobras e recursos da Lei Rouanet, para promover a candidatura de Guilherme Boulos à prefeitura de São Paulo.

Todo esse episódio é ainda mais alarmante considerando o aparente distanciamento de Lula da realidade atual. As épocas em que ele conseguiu mobilizar multidões definitivamente ficaram para trás, como evidenciado pelas imagens de um espaço quase vazio enquanto ele discursava, que circulavam especialmente em redes de apoiadores bolsonaristas.

Além disso, este passo em falso levou Lula a enfrentar acusações de crime eleitoral, tornando-se alvo fácil para a oposição. Já existem ações judiciais sendo qualificadas contra ele por figuras como o prefeito Ricardo Nunes, o senador Ciro Nogueira e lideranças do partido Novo.

No entanto, em meio a críticas, Lula respondeu prontamente ao apelo do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, do PSDB, para ajuda federal diante de uma grave crise climática no estado. A resposta rápida incluiu uma visita ao estado e a criação de uma sala de crise para gerenciar a situação — um movimento acertado que serviu para desviar o foco.

Paralelamente, a situação econômica do Brasil recebeu um leve impulso com a agência de risco Moody’s melhorou a classificação do país de “estável” para “positiva”. Isso poderia ser uma nota positiva para o ministro da Economia, Fernando Haddad, em um momento de intensa pressão. No entanto, críticas como a da economista Zeina Latif, classificou a decisão da Moody’s de “precipitada”, principalmente porque as birras de Haddad com Roberto Campos Neto (BC) continuam e o risco fiscal apavora.

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