Essa semana o governo do Distrito Federal foi bombardeado com as denúncias envolvendo o Banco Master, a prisão do banqueiro Daniel Vorcaro e o envolvimento do BRB – Banco de Brasília, na compra de carteiras de créditos do Master
As consequências, fomentadas pela esquerda brasiliense junto com a imprensa, foram imediatas culminando primeiramente no afastamento pela justiça do então presidente do BRB, Paulo Henrique Costa e depois demitido em definitivo por decisão do governador Ibaneis Rocha, já que o GDF tem participação majoritária de 71,92% das ações do banco.
Mais que depressa a esquerda, liderada por Chico Vigilante (PT) e mais os deputados distritais que compõe a oposição ao governo Ibaneis utilizaram a tribuna da Câmara Legislativa para atacar o governo, pedindo, inclusive, a instalação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) para investigar os fatos.
Apesar de todas as justificativas já amplamente divulgadas pelo GDF acerca do caso, o que tem causado estranheza é o silêncio ensurdecedor da base governista, maioria na Câmara Legislativa, a qual, inclusive deu apoio para a concretização do negócio entre os bancos, em não se manifestarem sobre o tema. É sepulcral o silêncio.
A medida que as investigações vão evoluindo, nomes de autoridades ou de parentes destes, de alto escalão no cenário político estão surgindo, como o da esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, Viviane Barci de Moraes, que teve seu escritório contratado por Daniel Vorcaro para defesa de causas da instituição.
Na relação divulgada em vários meios de comunicação, aparecem nomes como o do ex-ministro da Fazenda Guido Mantega, Ciro Nogueira (Presidente do PP), Rui Costa (atual Ministro da Casa Civil do governo Lula), Ricardo Lewandowski (Ministro da Justiça) e Gilmar Mendes (Ministro do STF).
No entanto, a ânsia dos partidos de oposição ao governo Ibaneis Rocha, em especial o PT, em instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar a frustrada compra do Banco Master pelo BRB não passa de mais um movimento político oportunista, até porque o Banco Central já havia negado a operação, tornando o negócio inexistente.
Mesmo diante disso, o distrital Chico Vigilante e o deputado federal Rodrigo Rollemberg decidiram ressuscitar um assunto sepultado para tentar desgastar o governo mais bem avaliado da história recente do Distrito Federal.
A prisão do banqueiro Daniel Vorcaro serviu apenas de pretexto para que velhos adversários tentassem construir uma falsa narrativa para arranhar a popularidade de Ibaneis Rocha e da vice-governadora Celina Leão, que lideram todas as projeções para 2026.
O episódio reacendeu fantasmas que há muito haviam sido varridos do debate público, alguns deles, inclusive, diretamente ligados a escândalos de corrupção e roubo do dinheiro público.
O primeiro a sair da escuridão foi o inelegível José Roberto Arruda, condenado e preso na Caixa de Pandora, que agora posa de comentarista da moralidade, mesmo conhecendo de perto personagens envolvidos no imbróglio, como a ex-ministra Flávia Arruda, destacada no gráfico da Folha de São Paulo.
Flávia Peres, ex-esposa de Arruda, é a atual mulher de um dos sócios do Banco Master, preso pela Polícia Federal. É certo que Flávia não tem nada a ver com isso e não responde processo no caso.
Outro que resolveu ressurgir do túmulo eleitoral foi o ex-governador petista Agnelo Queiroz. Acredita, ingenuamente, que a população brasiliense tenha memória curta. Ignora que foi preso, acusado de corrupção e uma inelegibilidade que o colocou na geladeira da vida pública por muitos anos.
O mais emblemático de toda essa movimentação é o discurso raivoso e moralista do deputado federal e ex-governador Rodrigo Rollemberg.
Foi justamente em seu governo que uma quadrilha se formou dentro do BRB, desvendada pela Polícia Federal, que acabou levando seus integrantes para a cadeia.
No palanque da Câmara Legislativa, Chico Vigilante tenta jogar nomes como Ibaneis e Celina dentro de um episódio ao qual não têm qualquer relação ou fundamento.
A leviandade é tamanha que o petista ignora o tamanho da engrenagem envolvida no caso Vorcaro. E, pior, faz vistas grossas aos personagens de grande influência nacional citados em publicações recentes.
Dia 18 próximo passado, o jornal Folha de S. Paulo publicou um gráfico destacando nomes importantes da República conectados com o Master.

A começar pelo escritório de advogacia da família do ministro Alexandre de Moraes que presta serviços ao Banco de Vorcaro.
Também apontou que o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, já atuou como consultor do banco de Vorcaro.
No mesmo grupo aparecem o líder do governo, Jaques Wagner; o ministro da Casa Civil, Rui Costa; o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues; além de Guido Mantega, Henrique Meirelles, Ciro Nogueira e o presidente da Câmara, Hugo Mota.
Segundo a Folha, todos eles têm ligação direta com a rede de influência do Banco Master, incluindo o próprio presidente Lula.
Então, a pergunta é simples e direta: se Vigilante e Rollemberg realmente querem uma CPI, estão dispostos a convocar todos esses nomes? Ou o objetivo é apenas lacrar?
Da redação por Poliglota com informações RadarDF



