Lula segue tentando, mas não consegue abalar a popularidade de Ibaneis Rocha no DF. Mesmo sob pressão política, o governador mantém aprovação sólida e apoio crescente da população
Nem o povo do Distrito Federal, nem a classe política precisam de Lula para direcionar o futuro da capital.
Desde o início de seu terceiro mandato, Lula da Silva promove perseguição implacável ao governador Ibaneis Rocha e ao próprio DF, ignorando sua autonomia constitucional.
Lula acusou, de forma mentirosa, Ibaneis de ter comandado a invasão e depredação de prédios públicos no levante popular de oito de janeiro.
Torceu para que o governador, eleito em primeiro turno, afastado injustamente por Alexandre de Moraes, não retornasse ao cargo após sessenta e cinco dias.
O presidente ainda tentou impor Ricardo Cappelli como interventor das forças de segurança do DF, em afronta direta à autonomia federativa. A estratégia era aplicar o golpe fatal usurpando o Buriti.
Não deu certo. Ibaneis voltou ao cargo, e Cappelli, que chegou hostilizando oficiais da PMDF, retornou à irrelevância após a Procuradoria Geral da República não encontrar provas contra o governador.
Desde então, Lula mantém uma contínua perseguição contra Ibaneis, punindo de tabela toda a população do DF, como se mais de três milhões de pessoas fossem “galinhas” do quintal do Planalto.
Uma das investidas foi a tentativa de extinguir o Fundo Constitucional do DF, essencial para segurança, saúde e educação.
A resistência foi enorme para que Lula atendesse ao pedido institucional de Ibaneis sobre o reajuste salarial das forças de segurança, com aumentos entre 19,6% e 28,4% e a nomeação de quase dois mil profissionais.
A medida provisória foi assinada nesta segunda-feira (01), mas sem convite ao governador.
Lula transformou o ato em palanque político, embora a gestão do Fundo Constitucional seja prerrogativa exclusiva do governador do DF, seja ele Ibaneis ou não.
Com a campanha eleitoral se aproximando, o PT local amarga desgaste de mais de uma década, desde o escândalo de corrupção que levou Agnelo à cadeia, explodido durante a passagem petista (2010/2014) pelo Buriti.
No atual contexto, as pesquisas seguem indicando o desprestígio de Lula no DF, território que o presidente insiste em tratar como extensão do seu pífio governo.
Enquanto isso, Ibaneis mantém aprovação popular de sessenta e três por cento do seu governo e se prepara para disputar uma vaga no Senado da República com força renovada.
Seu próximo marco é de reeleger a vice-governadora Celina Leão (PP), primeira mulher escolhida pelo voto popular para sucedê-lo no Buriti.
É essa perspectiva que tira o sono de Lula: perder mais uma vez para Ibaneis, que pretende mostrar quem realmente é dono do quintal: se o presidente ou o povo do Distrito Federal.
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