Valor representa quase 70% de todo o montante distribuído pelo Planalto desde o início da gestão petista neste ano; governo tenta pavimentar caminho para novas votações no Congresso
O Palácio do Planalto cedeu à pressão dos parlamentares e iniciou a liberação de emendas aos membros do Congresso Nacional. Uma semana após sofrer uma derrota importante na Câmara dos Deputados, com a aprovação do projeto de decreto legislativo (PDL) que derrubou os decretos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre o Marco do Saneamento, o governo Lula 3 liberou, em dois dias, mais de R$ 1 bilhão em recursos. No total, foram cerca de R$ 700 milhões na terça-feira, 9, e R$ 433 milhões na quarta-feira, 10, somando R$ 1,1 bilhão. Isso representa 68% de todo o montante distribuído pelo Planalto desde o início da gestão. Ao todo, desde o início do ano, foram empenhados R$ 1,6 bilhão. A liberação das emendas acontece em meio a um cenário de dificuldades para o governo Lula. Isso porque, como o site da Jovem Pan havia antecipado, o Planalto vinha sendo criticado, inclusive por aliados políticos, por não cumprir com acordos firmados com os congressistas, o que incluía a liberação de emendas parlamentares.
Como o site da Jovem Pan antecipou, desde o início do governo Lula 3, os partidos mais comtemplados com as emendas são: PT (R$ 197,2 milhões), o PSD (R$ 156,9 mi), o MDB (R$ 144,7 mi), o União Brasil (R$ 131 mi), e o Progressistas (R$118,6 mi). O União Brasil comanda três ministérios (Comunicações, Turismo e Integração Nacional), mas se diz independente e, na votação do projeto de decreto legislativo (PDL), que derrubou os decretos de Lula que alteraram as regras do Marco do Saneamento, entregou 48 votos para anular a medida do presidente. Por sua vez, entre os congressistas, o governo também privilegiou, em sua maioria, os aliados, sendo os mais contemplados: Mara Gabrilli (PSDB-SP), que recebeu R$ 26,7 milhões em emendas; Daniella Ribeiro (PSD-PB), com R$ 23,2 milhões; Jayme Campos (União-MT), com 16,8 milhões; Renan Calheiros (MDB-AL), com R$ 16,2 milhões; e o líder do PT no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), com R$ 15,6 milhões. Quem também aparece no top-10 dos congressistas mais agraciados com recursos até aqui é o senador Romário, do Partido Liberal, mesma sigla do ex-presidente Jair Bolsonaro.
JPan