Falta de respeito: Aluno dá Palha de aço como presente a professora no Dia Internacional da Mulher

Uma professora do Centro de Ensino Médio 09, em Ceilândia, Região Metropolitana de Brasília (DF), ganhou de um aluno uma pacote de palha de aço. O “presente” foi dado pelo Dia Internacional da Mulher.

O vídeo em que o aluno faz a entrega do produto de limpeza viralizou, nas redes sociais, nesta segunda (13). Ao abrir a embalagem e ver que o conteúdo era uma palha de aço, a professora ficou constrangida.

– Eu vou aceitar, porque tudo que vem, volta – reagiu.

Os outros alunos deram risada e desejaram um “Feliz Dia da Mulher”.

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A Secretaria Estadual de Educação do Distrito Federal confirmou o episódio e disse que “a direção da escola se reuniu com o estudante e seus responsáveis, e também já conversou com a professora envolvida no caso”. O aluno é menor de idade.

A advogada Aline Santiago da Cruz, coordenadora da Comissão da Igualdade Racial da OAB São Paulo, explicou que o gesto do estudante corresponde a “ato infracional equiparado ao crime de racismo”.

– O bombril é usado como uma aproximação com o cabelo crespo da mulher negra. É um estereótipo utilizado para diminuir – avaliou Aline Santiago.

Os crimes de injúria racial, assim como outros delitos resultantes de discriminação, por causa da cor da pele, estão previstos em uma lei específica. A pena mínima, caso um adulto seja o autor, é de dois anos de reclusão.

Segundo o UOL, a diretora da escola disse à TV Globo que já conversou com o aluno, de 17 anos, e pediu que ele escrevesse um texto com um pedido de desculpas, para ser lido em classe.

Se o Ministério Público abrir investigação sobre a conduta do aluno, ele responderá de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

A Secretaria de Educação disse que a escola organizará atividades educativas na instituição.

Leia a nota da Secretaria de Educação do Distrito Federal
A equipe gestora do Centro de Ensino Médio 09 de Ceilândia informou que só teve conhecimento do ocorrido nesta segunda-feira (13). A partir disso, a direção da escola se reuniu com o estudante e seus responsáveis e também já conversou com a professora envolvida no caso.

A Secretaria de Estado de Educação do DF informa que a escola tem autonomia para conduzir o ocorrido. A pasta ressalta, ainda, que repudia qualquer tipo de preconceito e reforça o compromisso e empenho na busca por elementos que permitam o esclarecimento dos fatos, bem como o suporte aos envolvidos.

A direção da escola indicou ainda que fará ações nas salas de aula, como rodas de conversa para instruir estudantes sobre o assunto.

A Coordenação Regional de Ensino de Ceilândia informou que acionou uma equipe de psicólogos e pedagogos da regional para que estes auxiliem nessas atividades que serão desenvolvidas também em outras escolas.

*AE

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