Governo Lula estuda mudanças na formação de professores

O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou nesta terça-feira (5) que o governo Lula cogita proibir que cursos de licenciatura tenham 100% da carga horária na modalidade de ensino à distância (EaD).

A proposta, que ainda está em avaliação, é uma resposta aos resultados do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), divulgados no mesmo dia. O Brasil ficou na última posição em leitura, matemática e ciências, entre 79 países.

Para o ministro, a formação de professores é fundamental para melhorar o desempenho dos alunos. Atualmente, 6 em cada 10 professores formados no Brasil fizeram curso a distância.

“Estamos com uma equipe técnica avaliando, mas pelo menos a ideia do ministério é não permitir mais curso 100% EAD nas Licenciaturas”, disse Santana. “Vamos definir, vai ser 50%, 30%?”

O ministro também disse que é preciso avaliar os estágios obrigatórios para preparar professores e reformular as diretrizes curriculares da formação docente.

A proposta do governo Lula foi criticada por entidades do setor de educação a distância. A presidente do Semesp, Lúcia Teixeira, afirmou que a medida “suscita incertezas” e deixa “em alerta mais de 2 milhões de estudantes das áreas afetadas”.

Outro ponto levantado pelas críticas é que o resultado ruim do Pisa não é um “fenômeno” que surgiu após a proliferação de cursos à distância. O Brasil ocupa as últimas posições da avaliação desde a primeira vez que se submeteu ao teste, no fim dos anos 90, mesmo aumentando o orçamento para educação.

Da redação

Por Jorge Poliglota…

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