Os bastidores das casernas das Forças Armadas, em especial o Exército Brasileiro, estão pegando fogo. Apesar de discretos e dizerem não se envolver em política, a coisa não é bem assim
A prisão do primeiro General três estrelas no país por civis (Polícia Federal), Carlos Alberto Mansur, Secretário de Segurança Pública do Amazonas, balançou as estruturas castrenses.
Ele foi alvo de uma operação da Polícia Federal sobre suspeitas de extorsão e corrupção. Os federais chegaram na porta da residência do General com ordem de revista no local, apreensão de documentos e busca a armas e dinheiro que poderiam servir de provas de extorsões a garimpeiros ilegais de ouro e outros metais preciosos no Estado.
Isso incomodou bastante ao Exército, segundo fontes internas informaram ao portal. A questão, neste caso, é que Mansur não era um secretário qualquer. Ele é um general de três-estrelas, um oficial que escolheu a Arma da Artilharia quando estava na Academia Militar das Agulhas Negras (Aman) e que saiu aspirante em 1983. Trata-se, portanto, de um oficial-general contemporâneo de academia de todo o Alto-Comando do Exército.
General Gonçalves Dias, ex-ministro Chefe do GSI de Lula, poderá ser o próximo

Outro que está na mira dos federais pode ser o ex-ministro Chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Lula, o General de Divisão Gonçalves Dias.
Após o depoimento contraditório ontem (31) na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga os atos do dia 8 de janeiro, a oposição protocolou junto a PGR (Procuradoria Geral da República) o pedido de prisão de G. Dias que, na visão dos parlamentares, “mentiu descaradamente, foi omisso e não exerceu seu papel institucional que o cargo exigia, permitindo que o Palácio do Planalto fosse invadido e depredado por vândalos e ainda jogando toda responsabilidade nas costas da Polícia Militar do DF”.
A defesa do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, advogado André Luís Callegari, fez duras críticas à oposição afirmando que a medida foi desnecessária porque seu não vai fugir do país. Hoje um dos 25 parlamentares que pediram a prisão do general, e pediu anonimato, contestou as reclamações do advogado dizendo que “os oficiais da PM, que estão presos injustamente, também não pretendiam fugir do país, mas estão presos a meses”.
Os parlamentares aguardam o parecer da Procuradoria Geral da República.
Da redação