Na boa? Quem Janja da Silva pensa que é?

É impressionante como os valores nesse país tupiniquim mudaram de toda forma. Uma personagem sem um único voto, sequer, vem reclamar sobre as críticas em redes sociais e ainda critica duas grandes autoridades mundiais

Pasmem, mas a “primeira dama” brasileira, Janja da Silva, criticou um Chefe de Estado da maior potência mundial, o presidente Joe Biden e o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, sobre o espaço da mulher na política.

A gafe da “vice-presidente” sem votos se deu durante um evento sobre o tema “Mulheres no Poder”, no Palácio do Planalto. Janja conversava com a ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, quando recordou o que disseram os mandatários em um evento do G20. “Eu me lembrei de um evento lá no G20, em que o presidente Modi falou exatamente isso: “nós precisamos dar às mulheres mais espaço. Eu já me cocei na cadeira, né?”, contou.

Coçou na cadeira? Como assim?

Mas ela não ficou satisfeita e emendou: “E aí, para ajudar, o presidente Biden: “Isso mesmo, presidente Modi, temos que dar às mulheres mais espaço. Não, vocês não precisam dar nada para a gente. A gente sabe ir à luta e conquistar”.

Em outro momento do discurso, Janja revelou ser alvo de “machismo e misoginia” por sua atuação política.

“No lugar que ocupo hoje, de primeira-dama, o machismo e a misoginia me atacam de várias formas. Para alguns, é inaceitável uma primeira-dama que gosta e se envolve em política”, disse.

Qual a função da primeira-dama do Brasil?

Oficialmente, nenhuma. Mas há uma tradição histórica entre as primeiras-damas brasileiras. Não há como a primeira-dama assumir um cargo para o qual não foi eleita. No entanto, há uma tradição de as esposas dos presidentes brasileiros se envolverem em programas sociais e ações beneficentes, tudo feito de forma voluntária. Até porque não há salário previsto para os cônjuges dos chefes do Executivo.

Michelle Bolsonaro, por exemplo, atuou na inclusão social de pessoas com deficiência. Sua antecessora, Marcela Temer, foi embaixadora do programa Criança Feliz, voltado à primeira infância (até os 6 anos de idade).

No Brasil, esse costume vem de 1942. Foi quando Darcy Vargas (esposa de Getúlio) criou a Legião Brasileira de Assistência (LBA). A instituição visava ajudar as famílias dos soldados brasileiros enviados à Segunda Guerra Mundial, com recursos doados por empresários. A implementação da LBA em cada estado da federação ficou a cargo das primeiras-damas estaduais. Após o fim do conflito, a associação passou a atender famílias necessitadas – mas manteve a tradição de ser presidida pelas esposas dos governadores.

Essa imagem positiva de engajamento em boas causas foi maculada em 1991, quando, sob direção de Rosane Collor, a LBA sofreu denúncias de desvio de verba. A tal ponto que a Legião foi extinta no primeiro dia de mandato de Fernando Henrique Cardoso, em janeiro de 1995.

Se Janja quer função política, que se prepare e concorra a um cargo político. Caso contrário, já passou da hora dela buscar uma ação social que se incorpore ao que representa uma Primeira Dama, simples assim.

Vídeo Metropoles.com

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