“O tapa do amor, porque o amor venceu o ódio!”, resumiu o deputado Messias Donato, agredido por Washington Quaquá no plenário da Câmara
O deputado federal Messias Donato (Republicanos-BA) informou a O Antagonista que vai registrar um boletim de ocorrência pelo tapa que o colega de Câmara Washington Quaquá (PT-RJ) lhe desferiu no plenário nesta quarta-feira, 20. Nonato disse que o tapa de Quaquá “não ficará impune”.
Em seu perfil no X, ex-Twitter, o parlamentar definiu assim o episódio:
“O tapa do amor, porque o amor venceu o ódio!”
O “tapa do amor” é uma alusão à campanha eleitoral de Lula contra Jair Bolsonaro, por meio da qual o “amor” teria vencido o “ódio”.
A agressão ocorreu quando Quaquá abordou parlamentares da oposição que entoavam o coro “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão” (assista abaixo).
Quaquá é vice-presidente nacional do PT. A oposição já começou a defender sua cassação pela agressão.
O deputado federal Paulo Bilynskyj (PL-SP) já ingressou com notícia-crime na Procuradoria-Geral da República (PGR) para denunciar Quaquá. O crime apresentado foi o de “Vias de Fato, previsto no art. 21 da Lei de Contravenções Penais”, informou o deputado.
Vaias para o “guerreiro”
Os parlamentares participaram na tarde desta quarta da promulgação da reforma tributária.
A presença de Lula elevou os ânimos no plenário. O petista foi vaiado de forma marcante em dois momentos, ao ser apresentado e enquanto discursava. Seus aliados responderam com o coro de “Lula, guerreiro do povo brasileiro”.
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), chegou a censurar os colegas e pediu decoro e respeito pelas autoridades presentes no plenário da Casa.
“O que eu pediria era que nós terminássemos essa sessão com respeito a todas as autoridades constituídas. Vamos guardar nossas convicções para as sessões normais de plenário. Vamos nos comportar com o máximo de decoro”, discursou Lira.
E a reforma?
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), celebrou a promulgação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária. Para ele, a data marca “uma mudança” no rumo do Brasil.
“O dia de hoje será lembrado não apenas como um marco histórico, mas também como um ponto de virada, um divisor de águas. É aqui que mudamos a trajetória do Brasil. Este dia representa o início de um novo país rumo ao progresso. É uma conquista do Congresso Nacional, é uma conquista do povo brasileiro”, discursou Pacheco.
O que muda
Em linhas gerais, a reforma tributária prevê que todos os produtos e serviços vendidos no país terão um imposto federal unificado, por meio de um “IVA dual”.
Atualmente, o Brasil tem três tributos federais —IPI, PIS e Cofins —, o estadual ICMS e o municipal ISS. A ideia é que o novo imposto una IPI, PIS e Cofins em uma tributação federal. ICMS e ISS também serão unificados.