Nova operação mira desvio de R$15 milhões de emendas via associação

PF e CGU buscam provas de crimes na aplicação de recursos federais na promoção de esportes digitais

A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal deflagram, nesta terça-feira (29), a Operação Korban, para buscar provas de crimes em um esquema milionário que pode ter desviado R$ 15 milhões em recursos de emendas parlamentares destinados a uma associação do Distrito Federal, para realização dos Jogos Estudantis de Esportes Digitais (JEDIS), entre 2023 e 2024, por meio de termos de fomento com o Ministério do Esporte.

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou o cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão, nos estados do Acre, Paraná e Goiás, além do Distrito Federal. E ordenou indisponibilidade patrimonial que pode alcançar R$ 25 milhões, por meio de medidas de sequestro de bens, como veículos e imóveis, além do bloqueio de contas bancárias de empresas investigadas.

Também foi determinada a suspensão de novos repasses de recursos federais à associação investigada, além da proibição de que a entidade transfira valores às empresas subcontratadas.

“A apuração teve início a partir dos trabalhos realizados pela CGU com o objetivo de avaliar o controle e a transparência das emendas parlamentares, em função de determinação do STF no âmbito da ADPF 854”, informou a CGU.

Danos e impactos

A CGU destaca que projetos como os JEDIS visam aplicar recursos públicos para promover o desenvolvimento de estudantes da rede pública de ensino, por meio de cursos profissionalizantes na área de jogos digitais e e-sports, além de atividades pedagógicas.

“O dano potencial ao projeto pode impactar a qualidade da capacitação profissional e digital fornecida nesses eventos a alunos da rede pública de ensino, além de dificultar o atendimento a público-alvo ainda maior, caso os orçamentos desses convênios não tenham sido desviados”, diz a CGU.

Diário do Poder

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