Esquerda aciona PGR contra Eduardo Bolsonaro por “crime de lesa pátria”

Parlamentares de esquerda acionaram a Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por “crime de lesa pátria”. Os governistas alegam que ele tem conversado com autoridades norte-americanas para pedir apoio do Governo Trump contra o Supremo Tribunal Federal (STF).

Os petistas Lindbergh Farias e Rogério Correia e o psolista Guilherme Boulos pedem, em ações diferentes, além da investigação, a apreensão do passaporte de Eduardo Bolsonaro, para que ele seja impedido de “conspirar” contra o Brasil.

Em entrevista à BBC News Brasil no dia 25, Eduardo Bolsonaro afirmou que não pede sanções ao povo brasileiro nem sobre tarifas comerciais. Ele defende a aplicação de sanções diretas dos Estados Unidos ao ministro do STF Alexandre de Moraes.

“Acho que ele se enquadra para sofrer ‘sanções OFAC’, como aconteceu com o pessoal do Tribunal Penal Internacional (TPI)”, destacou o deputado.

Para Boulos, qualquer um que ataque os interesses do Brasil no exterior não é patriota, mas “lambe-bota de americano”. Ele ainda criticou a postura de Eduardo, que, segundo o parlamentar, “bate continência para a bandeira dos Estados Unidos” enquanto prejudica os interesses nacionais.

Em seu pedido, Correia ainda citou a denúncia da PGR contra Bolsonaro e seus aliados, que os acusa de tentativa de um suposto golpe de Estado, e destacou que o objetivo de Eduardo seria “atrapalhar o trabalho da Justiça”.

Já Lindbergh Farias, em um pedido com o apoio de outros deputados petistas, afirma que o objetivo é dificultar as investigações em curso no STF, principalmente sobre os inquéritos relacionados a uma possível ação penal envolvendo “tentativa de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa”.

Recentemente, a situação de Alexandre de Moraes piorou nos EUA. Na quarta (26), o Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes aprovou a “No Censorship On Our Shores Act”, a lei “anti-Moraes”, que impede a entrada de autoridades que violem a liberdade de expressão. Além disso, um órgão do governo dos EUA criticou o ministro por “censura”.

No dia 25, a justiça americana rejeitou um pedido da Rumble e Trump Media contra decisões de Moraes, considerando-as inválidas no território americano.

Blog do Cláudio Dantas

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