Governo Lula turbina ONG ligada a sindicalisras do ABC com R$ 19,1 milhões

Foram oito convênios, todos celebrados com ministérios controlados pelo PT: Trabalho, Direitos Humanos e Desenvolvimento Agrário. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tem intensificado parcerias com a Unisol (Central de Cooperativas e Empreendimentos Solidários do Brasil), uma ONG dirigida por integrantes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC e que, curiosamente, funciona no mesmo prédio da entidade em São Bernardo do Campo (SP). Desde o início da atual gestão, a organização já abocanhou impressionantes R$ 19,1 milhões em oito convênios, todos celebrados com ministérios controlados pelo PT: Trabalho, Direitos Humanos e Desenvolvimento Agrário.

Os valores recordes de repasses federais para a Unisol são notáveis. Em apenas dois anos da gestão petista, a ONG saltou de um patamar de cerca de R$ 1 milhão por ano para quase R$ 18 milhões somente em 2024. Essa escalada financeira coincide com a presença de figuras proeminentes do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC em sua diretoria, como Carlos José Caramelo Duarte, que é vice-presidente do sindicato, e Arildo Mota Lopes, presidente da ONG e ex-diretor da entidade sindical. Ambos, vale ressaltar, são filiados ao PT e aliados do governo Lula.

Entre os projetos mais controversos está um contrato de R$ 15,8 milhões com o Ministério do Trabalho para retirar lixo da terra indígena yanomami, em Roraima, com o valor integralmente pago antecipadamente em 31 de dezembro, apenas três dias após a assinatura do acordo. Outros convênios incluem um “curso de democracia” de R$ 400 mil para “evitar ataques à democracia e desmonte das políticas públicas” e ações de “fortalecimento da rede de comercialização” para a “Feira Esquerda da Livre”, que custou R$ 200 mil.

Apesar das justificativas do Executivo sobre análises técnicas e legalidade dos processos, a concentração de repasses a uma ONG com laços tão estreitos com o partido do governo e o valor expressivo de adiantamentos levantam sérias questões sobre a transparência e a real finalidade desses recursos. A situação sugere uma priorização de entidades alinhadas ideologicamente, colocando em xeque a imparcialidade na distribuição de verbas públicas.

Portal Novo Norte

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