O pavor do petismo não é com a democracia, mas com a possibilidade real de perder o escudo judicial que blindou seus atos nos últimos anos.
Durante discurso no congresso do PSB neste domingo (1º), Lula deixou escapar o que já é evidente para muitos: a esquerda sabe que sem a estrutura do TSE e do STF a seu favor, a chance de reeleição em 2026 despenca. Ao pedir prioridade máxima na eleição de senadores aliados, o petista deixou claro que o alvo real é impedir qualquer mudança na composição do Supremo.
Segundo Lula, a chamada “extrema direita” estaria de olho nas duas cadeiras do Senado que serão renovadas por estado, com o objetivo de abrir processos de impeachment contra ministros da Corte, em especial Alexandre de Moraes. O pavor do petismo não é com a democracia, mas com a possibilidade real de perder o escudo judicial que blindou seus atos nos últimos anos.
Em tom de alerta, o presidente reconheceu que cabe ao Senado julgar ministros do STF e apelou pela “preservação das instituições”, alegando que destruir o que não se gosta seria um erro. No entanto, a frase escancarou o medo de ver o Senado renovado com nomes alinhados à direita, o que colocaria em xeque a segurança jurídica que o PT tanto desfrutou.
A fala, feita em ambiente fechado e entre aliados, soou mais como um pedido de socorro do que como estratégia eleitoral. Lula parece saber que sem apoio judicial e midiático, a sua popularidade real não sustenta um novo mandato. O PT precisa de uma máquina funcionando em bloco — e sem ela, a derrota em 2026 é favas contadas.
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