Criticada por sua gestão à frente do Ministério da Saúde há cerca de 2 anos, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, culpou o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo desperdício de vacinas contra a Covid-19.
Isso não seria nenhuma novidade. Desde que assumiu a pasta Nísia tenta justificar as falhas constantes na saúde e nesta quarta-feira (13), durante audiência na Câmara dos Deputados, ela não deixou por menos para tentar livrar sua ineficiência.
1500 Municípios ficaram sem vacinas por mais de 30 dias, segundo levantamento feito pela Confederação Nacional dos Município até o presente momento.
Milhares de doses foram desperdiçadas no estoque do governo e, para suprir a demanda, 1,2 milhões de imunizantes começaram a ser distribuídos em outubro.
Com a cara mais limpa do mundo, Nísia tentou justificar a falha e a irresponsabilidade do governo ao permitir o desperdício dessas vacinas dizendo que “O ministério evitou o desperdício de 252 milhões de doses de vacinas. O valor equivale a mais de 12,3 milhões de doses, que sem a adoção dessas ações emergenciais para cobertura em todo país seriam destacadas”, disse Nísia. “Todas essas medidas contra o desperdício do governo anterior foram adotadas pelo Ministério da Saúde”, prosseguiu.
Em 2023, a pasta afirmou que, desde 2021 — ainda no governo Bolsonaro –, quase 39 milhões de vacinas tiveram o prazo de validade expirado e precisaram ser descartadas. O prejuízo se aproximou de R$ 2 bilhões aos cofres públicos.
Segundo a pasta, a administração federal anterior negou, à equipe de transição, informações sobre estoques e validade dos imunizantes. Quando o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assumiu, havia 27,1 milhões de doses “sem tempo hábil para distribuição e uso”.
Da redação com informações da CNN