Nikolas Ferreira (PL-MG) indicou que não pretende se candidatar ao governo de Minas Gerais nas eleições de 2026. Em conversa com jornalistas, o parlamentar afirmou ter tomado uma decisão pessoal sobre os próximos passos de sua carreira política, destacando que a escolha foi feita de maneira “humilde” e será divulgada publicamente em breve.
Segundo o deputado, o ex-presidente Bolsonaro (PL) já foi informado da decisão e teria concordado com a estratégia do aliado. O encontro entre os dois ocorreu em 21 de novembro, véspera da prisão do ex-chefe do Executivo, reforçando a proximidade política entre os aliados.
Ao explicar os motivos que o levaram a descartar a candidatura ao Executivo estadual, Nikolas Ferreira utilizou uma metáfora que já havia repetido em conversas internas: pensar “como seu inimigo pensaria”.
Para ele, disputar o governo neste momento poderia aumentar sua vulnerabilidade política e judicial. “Se eu assumo o Estado, perco o foro [por prerrogativa de função]. No dia seguinte posso ter o Ministério Público ou o TCU atrás de mim, e não por motivos justos”, afirmou o deputado.
Nikolas argumenta que não haveria ambiente político para conduzir uma gestão com autonomia, e que é ilusório acreditar que o governo federal permitiria que ele administrasse o estado da forma necessária.
O deputado também reforçou que não vê urgência em se candidatar ao Executivo mineiro. Aos 29 anos, afirma considerar importante manter presença nas pesquisas eleitorais, mas entende que ainda não é o momento ideal para disputar o cargo.
Nikolas Ferreira voltou a criticar os “ataques narrativos” que, segundo ele, visam prejudicar sua imagem, minimizando controvérsias envolvendo familiares.
“Continuo na frente das pesquisas mesmo com essas histórias todas. O máximo que conseguem dizer é sobre um primo meu que foi preso. Se cada um tiver que pagar pelo que um parente faz, ninguém escapa”, disse.
Com isso, o deputado sinaliza que seguirá investindo na carreira legislativa em 2026, buscando preservar seu foro privilegiado e calibrar sua presença política em âmbito nacional, sem se expor aos riscos de assumir o comando de um dos maiores estados do país.
(Foto: Ag. Câmara; Fonte: Gazeta do Povo)



