O principal plano B da direita para 2026 sem Bolsonaro, de acordo com pesquisa

Mesmo sem nunca ter dito que poderia ser candidata à presidência em 2026, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro desponta como o principal nome da direita para concorrer contra Lula. No cenário sem o ex-presidente, a sua esposa tem 27,5% das intenções de voto, enquanto o petista obteve 34,2%.

A expectativa para o melhor plano B da direita, no entanto, é que a presidente do PL Mulher seja candidata para o Senado. Mas na política tudo pode mudar. Caso consiga reverter a sua inelegibilidade na justiça, o capitão ganharia de Lula com 37,6% contra 33,6%, mesmo com o indiciamento pelo plano de golpe e outras investigações que correm contra Bolsonaro.

Dois fatores contribuem para isso, segundo o diretor do Instituto Paraná. O principal deles é a economia. Para 30,5% da população, a situação financeira piorou, esse número era de 25,5% em julho. Apenas para 23,8% o cenário econômico melhorou. Nesse contexto, surge uma sensação de vingança no eleitor que enfrenta mais dificuldades, e o resultado disso é torcer pelo adversário.

O outro ponto, ressalta Hidalgo, é que essas investigações contra Bolsonaro não impactam significativamente a opinião do eleitor, a principal preocupação ainda é a financeira. “É só ver o Lula, foi preso e virou presidente de novo”, cita como exemplo de comportamento do eleitor de forma geral.

O diretor do Paraná Pesquisas explica que as pessoas não estão preocupadas com golpe e ainda parte da população acredita na narrativa bolsonarista de que tudo isso é fruto de perseguição política.

O fato de Michelle aparecer com o melhor desempenho contra Lula se dá pelo seu carisma, segundo um aliado, mas também pelo sobrenome Bolsonaro. Mas já há rumores de que o ex-presidente quer lançar um dos filhos, o deputado Eduardo Bolsonaro ou senador Flávio Bolsonaro, como candidato, caso não consiga disputar.

As bolsas europeias e os futuros americanos operam em queda antes da divulgação de dados de inflação do mês e do trimestre nos Estados Unidos. No Brasil, o pacote de gastos continua sendo o grande assunto dos investidores e economistas, enquanto aguardam a publicação dos planos do governo. A expectativa é grande, sobretudo depois que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que a redação está pronta e que o tema foi “pacificado” junto ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Na sequência, a peça deve circular no Legislativo antes de vir a público. Algumas especulações têm vindo à tona, mas Haddad evita dar detalhes. Agentes de mercado esperam um encontro de Haddad com Arthur Lira, presidente da Câmara, e um eventual pronunciamento.

Fonte: Veja

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