“Dark Horse” escala Jim Caviezel como Bolsonaro e promete abordagem épica da eleição de 2018, já cercada de polêmicas.
A produção cinematográfica “Dark Horse”, que recontará a campanha presidencial de Jair Bolsonaro em 2018, ganhou novo impulso com a confirmação do ator que interpretará o ex-presidente. O escolhido é Jim Caviezel, conhecido mundialmente por seu papel em A Paixão de Cristo e por posições públicas que costumam gerar debate.
A seleção de Caviezel já movimenta o meio cultural. Seu perfil controverso e sua atuação intensa despertam especulações sobre o tom que o longa poderá assumir e sobre a repercussão que sua performance deve provocar antes mesmo do início das filmagens.
Enfoque narrativo e roteiro
Com estreia programada para 2026, “Dark Horse” adotará uma estrutura inspirada na “jornada do herói”, reconstruindo os momentos mais emblemáticos da campanha eleitoral de 2018 — especialmente o ataque a faca sofrido por Bolsonaro e acontecimentos que marcaram a disputa.
O roteiro é assinado pelo deputado federal Mario Frias, ex-ator e aliado político de Bolsonaro. A proposta do filme é imprimir um caráter épico e dramático aos episódios que antecederam sua vitória, indo além da reconstituição factual.
Família Bolsonaro em destaque no elenco
A narrativa também pretende aprofundar a dinâmica familiar do ex-presidente. Já foram confirmados os intérpretes dos filhos de Bolsonaro:
- Marcus Ornellas — Flávio Bolsonaro
- Sérgio Barreto — Carlos Bolsonaro
- Eddie Finlay — Eduardo Bolsonaro
A presença dessas figuras reforça a intenção de explorar bastidores do núcleo político e pessoal do ex-presidente, ampliando a dimensão dramática do longa.
Polêmicas antes da estreia
Antes mesmo do início das filmagens, “Dark Horse” já se tornou tema de debates. A escolha de nomes alinhados politicamente ao protagonista e a natureza polarizadora do assunto despertam críticas e expectativas sobre o impacto cultural e eleitoral do filme.
Para parte do público, o longa pode servir como ferramenta narrativa que reinterpreta eventos recentes do país. Para outros, a produção tende a intensificar discussões sobre representações políticas no cinema e sobre a fidelidade histórica dessa abordagem.
Possível impacto cultural e político
Filmes que revisitam episódios marcantes ajudam a moldar percepções públicas, especialmente em ambientes politicamente tensionados. “Dark Horse” pode influenciar debates sobre memória histórica, disputas narrativas e linguagem cinematográfica ao retratar acontecimentos ainda recentes.
O impacto da obra dependerá tanto da recepção popular quanto das repercussões no debate público — e, considerando o tema, a tendência é que ele seja significativo.
Folha Destra



