Rombo de US$ 3,1 bilhões é registrado nas contas externas do Brasil

As contas externas do Brasil apresentaram um saldo negativo de US$ 3,060 bilhões em novembro.
Em comparação ao mesmo mês do ano anterior, o déficit foi de apenas US$ 3 milhões nas transações correntes, que englobam as compras e vendas de mercadorias e serviços, além das transferências de renda entre países.
Os dados foram divulgados nesta segunda-feira (23) pelo Banco Central (BC).
A deterioração no resultado anual é atribuída principalmente à redução de US$ 1,7 bilhão no superávit comercial, impulsionada pelo aumento nas importações.

Além disso, os déficits em serviços e na renda primária — que inclui pagamentos de juros e lucros de empresas — aumentaram em US$ 922 milhões e US$ 603 milhões, respectivamente. Por outro lado, o superávit em renda secundária cresceu em US$ 140 milhões.

Em outubro, esse saldo negativo foi de US$ 49,360 bilhões, ou 2,22% do PIB. Comparando com o mesmo período do ano anterior, o déficit aumentou substancialmente, quando ficou em US$ 25,844 bilhões, equivalendo a 1,19% do PIB.

Conforme o Banco Central, as transações correntes enfrentavam uma tendência de redução nos déficits até março deste ano, mas essa situação se inverteu.

Apesar do déficit externo, ele é considerado baixo para os padrões da economia brasileira, sendo financiado por capitais de longo prazo, como os investimentos diretos no país, que somam um estoque recorde de US$ 1,4 trilhão.

As exportações de bens em novembro somaram US$ 28,199 bilhões, enquanto as importações totalizaram US$ 21,872 bilhões, resultando em um superávit comercial de US$ 6,327 bilhões no mês.

No setor de serviços, o déficit aumentou para US$ 4,664 bilhões em novembro, um crescimento de 24,6% em relação ao mesmo mês do ano anterior.

As despesas com transporte, serviços de propriedade intelectual e telecomunicações foram os principais responsáveis por esse aumento.

Fonte: Diário do Poder

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