O governo do Paraná anunciou que irá solicitar o enquadramento dos manifestantes que invadiram a Assembleia Legislativa do Estado (Alep) por tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, de acordo com o artigo 359-L do Código Penal, que prevê penas de quatro a oito anos de prisão.
A Procuradoria-Geral do Estado (PGE) fez o pedido no contexto do inquérito policial contra membros do APP Sindicato (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná) que participaram da greve. O objetivo é impedir futuras invasões a prédios públicos.
Organizada por professores e funcionários de escolas estaduais, a greve durou três dias e teve como objetivo impedir a aprovação do projeto de lei do governo que institui o programa Parceiro da Escola. Esse projeto prevê a terceirização da gestão administrativa de 204 escolas públicas, o que, segundo os grevistas, afetaria a gestão pedagógica dessas unidades.
No dia 3 de junho os manifestantes grevistas invadiram a sede da Assembleia Legislativa (Alep) onde aconteceria a votação do projeto de lei. A sessão teve que ser suspensa e foi retomada de forma online, quando o projeto foi aprovado em primeiro turno. No dia seguinte, o texto foi aprovado e seguiu para sanção do governador, se tornando lei.
A invasão está sendo investigada pela Polícia Militar juntamente com análises de peritos da Polícia Científica. Duas pessoas foram presas em flagrante por dano ao patrimônio público durante a invasão. A Assembleia Legislativa está avaliando os danos causados à estrutura do prédio e promete tomar outras medidas contra os manifestantes.
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