Ato pró-Bolsonaro foi maior que o da esquerda em SP. Veja os números

O Monitor do Debate Político do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a ONG More in Common, calculou que 42, 2 mil pessoas foram ao ato bolsonarista realizado na Avenida Paulista, em São Paulo, neste domingo de 7 de Setembro.

A título de comparação, o mesmo monitor da USP apontou que o ato promovido por grupos de esquerda e apoiadores do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) também neste domingo, na Praça da República, reuniu 8,8 mil pessoas, quase cinco vezes menos que o número de participantes na manifestação bolsonarista.

Ato pró-Bolsonaro

Segundo a contagem da USP, no momento de pico do evento, às 16h03, o número variou entre 37, 1 mil e 47, 3 mil participantes, com uma margem de erro de 12%. O ato realizado na mesma data e no mesmo endereço no ano passado registrou 45,4 mil pessoas.

manifestação foi organizada pelo pastor Silas Malafaia e pediu “anisitia ampla” aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023, além de atacar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

O ato bolsonarista ficou marcado pelo tom duro do discurso do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), contra o STF e o ministro Alexandre de Moraes.

Ato da esquerda

A manifestação da esquerda foi contra a anistia aos envolvidos nos ataques violentos às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023, e em defesa da soberania nacional.

Participaram do ato na manhã deste domingo lideranças políticas como os deputados federais Guilherme Boulos (Psol-SP) e Érika Hilton (Psol-SP), além dos ministros Paulo Teixeira (Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar) e Luiz Marinho (Trabalho e Emprego) e do presidente nacional do PT, Edinho Silva.

De acordo com os organizadores da manifestação – as frentes Povo Sem Medo e Brasil Popular, o Fórum das Centrais e o Grito dos Excluídos –, o público presente ao ato foi de cerca de 30 mil pessoas.

Metodologia da contagem

Para chegar ao número divulgado, a USP utilizou o método Point to Point Network (P2PNet), desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Chequião, na China, e da empresa Tencent. O software foi treinado com um dataset anotado de fotos de multidão da Universidade de Xangai e outro de fotos brasileiras da USP.

No método, um drone tira fotos aéreas da multidão e o software analisa essas imagens para identificar e marcar de forma automática as cabeças das pessoas. Usando inteligência artificial, o sistema localiza cada indivíduo e conta quantos pontos aparecem na imagem.

Segundo a USP, o método possui uma precisão de 72,9% e uma acurácia de 69,5% na identificação de cada indivíduo. Isso significa na prática que há um erro percentual absoluto médio de 12%, ou seja, em uma mensuração de público de 100 mil pessoas, o valor real pode variar entre 88 mil e 112 mil.

No caso do ato da direita, foram tiradas fotos em 3 diferentes horários (15h05, 16h03 e 16h40), totalizando 47 imagens. Foram selecionadas 15 fotos tiradas às 16h03, momento de pico da manifestação.

Já na manifestação da esquerda, foram tiradas fotos aéreas da manifestação em quatro diferentes horários (09h46, 10h37, 11h11 e 11h35), totalizando 25 imagens. O momento de pico do ato da esquerda foi registrado às 11h11.

Fonte: Metrópoles

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