André Mendonça, do STF (Supremo Tribunal Federal), decidiu na terça-feira (9) retomar um inquérito envolvendo o deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade-SP), que estava sem avanços havia aproximadamente dois anos.
Paulinho é o responsável por relatar o PL da Dosimetria, aprovado nesta quarta (10) pelos deputados. A proposta reduz as punições aplicadas aos condenados pelos atos de 8 de janeiro de 2023 e tem potencial para favorecer o ex-presidente Bolsonaro (PL), sentenciado a 27 anos e 3 meses.
A apuração investiga se o parlamentar participou de um esquema voltado à captação ilegal de clientes para ações trabalhistas. A suspeita é de que listas de empregados demitidos, obtidas por meio de sindicatos ligados à Força Sindical, teriam sido comercializadas por cerca de R$ 10 mil mensais.
O caso começou no MP-SP (Ministério Público de São Paulo) a partir de uma notícia-crime apresentada em agosto de 2018, que mencionava inclusive um contrato firmado com advogados.
Em 2023, após Paulinho perder o mandato e, com isso, o foro privilegiado, a PF (Polícia Federal) pediu ao STF que decidisse se o processo deveria seguir na Corte ou ser remetido ao primeiro grau. A resposta nunca veio, e o procedimento permaneceu parado.
O deputado retornou à Câmara em novembro de 2023 como suplente, após a cassação de Marcelo Lima (Solidariedade-SP), mas mesmo assim o inquérito não saiu do lugar.
No mês passado, a PF enviou novo ofício solicitando uma definição entre arquivamento ou continuidade das investigações. Com a cobrança, Mendonça determinou que a PGR (Procuradoria-Geral da República) apresente sua posição sobre o caso. (Foto: Ag. Câmara; Fonte: CNN)



