A nova pesquisa do Instituto IPESPE confirma o que já é perceptível no tabuleiro político do Distrito Federal: Celina Leão (PP) consolidou-se como a principal força na disputa pelo Palácio do Buriti em 2026. A vice-governadora lidera com folga todos os cenários testados, enquanto o ex-governador José Roberto Arruda, declarado inelegível pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), insiste em um teatro eleitoral que beira o engano ao eleitor.
O levantamento, realizado entre 27 e 29 de outubro de 2025, com 800 entrevistados e margem de erro de 3,5 pontos percentuais, mostra Celina com 28% das intenções de voto, contra apenas 14% de Arruda, percentual idêntico ao de sua credibilidade pública. Atrás aparecem Leandro Grass (12%) e Fred Linhares (10%), que sequer é candidato.
Os números reforçam um quadro claro: a população do DF quer virar a página do passado marcado por escândalos e corrupção, e aposta em uma liderança que combina experiência administrativa e equilíbrio político. Celina Leão, que ganhou protagonismo no governo Ibaneis Rocha, consolidou uma imagem de gestora moderna, articulada e pragmática — uma voz de estabilidade em meio ao ruído de velhas figuras que ainda tentam ressurgir das cinzas da desmoralização.
Arruda, por sua vez, parece viver um déjà vu político. Apesar de sua inelegibilidade definitiva, tenta manter uma pré-campanha artificial, vendendo ilusões a um eleitorado que já se cansou de promessas e escândalos. A insistência em se manter no debate eleitoral revela mais uma tentativa de protagonismo do que um projeto viável.
A pesquisa também evidencia que Celina tem apelo entre todos os segmentos — homens, mulheres e evangélicos —, refletindo um discurso firme, mas sensato, que dialoga tanto com o eleitor conservador quanto com o público de centro.
Enquanto Arruda tenta ressuscitar um passado que Brasília quer esquecer, Celina Leão surge como o rosto da continuidade responsável, da gestão eficiente e da nova geração de lideranças femininas preparadas para governar o DF.
O eleitor, ao que tudo indica, já fez sua escolha: seguir adiante com quem tem futuro, e não retroceder com quem representa o atraso.
