Desde que voltou ao poder em 2022, Lula tem adotado uma postura que coloca o Distrito Federal em permanente tensão com o Palácio do Planalto. Em vez de respeitar a autonomia local, o governo federal insiste em impor decisões que enfraquecem a gestão distrital e travam conquistas importantes da população.
A tentativa de mexer no Fundo Constitucional, vital para sustentar segurança, saúde e educação na capital, é exemplo claro disso. Se não fosse a reação firme de Ibaneis Rocha, Celina Leão e da bancada do DF no Congresso, o retrocesso teria sido consumado.
Outro ponto de desgaste é a recusa em autorizar o reajuste para policiais e bombeiros, profissionais que garantem a ordem em Brasília. O silêncio do Planalto diante dessa pauta revela indiferença com a segurança da capital.
Mas o maior símbolo dessa disputa é o Banco de Brasília (BRB). Transformado em motor de desenvolvimento local, com lucros históricos e expansão nacional, o banco tornou-se alvo de sabotagem política. A tentativa de compra do Banco Master, aprovada pelo Cade e pela CLDF, foi barrada pelo Banco Central em uma decisão claramente influenciada pelo governo Lula.
Não é coincidência. Sob gestões petistas anteriores, como a de Cristovam Buarque, o BRB esteve à beira da privatização, e no governo Agnelo Queiroz, foi reduzido a uma instituição irrelevante. Com a gestão de Rodrigo Rollemberg (PSB), a cúpula do banco foi alvo de escândalos, com prisões por desvio de R$ 16,6 milhões.
O BRB já havia sido enfraquecido e até cogitado para privatização. Agora, no momento em que o banco se consolida como orgulho do DF, o Planalto volta a agir para frear seu crescimento.
A conclusão é inevitável: o governo federal não aceita o protagonismo da gestão distrital. Prefere sacrificar o desenvolvimento da capital a admitir que o DF pode prosperar sem a tutela do PT. Essa postura, além de mesquinha, revela um projeto de poder que coloca os interesses partidários acima do futuro de Brasília.
Fonte: Portal Opinião Brasília
