Governo considera rever leilão do arroz e planeja demissões

O governo avalia rever o leilão do arroz importado e promover exonerações de servidores públicos que estariam envolvidos na organização do pregão eletrônico.

O motivo é que, na avaliação de governistas ouvidos pela CNN, se tornou um constrangimento o que era para ser um grande lance do governo — apresentar uma solução para um possível desabastecimento de arroz no país após as enchentes no maior estado produtor do grão no país, o Rio Grande do Sul.

Primeiro, porque agricultores gaúchos apontaram que não havia risco de desabastecimento e que, portanto, não havia necessidade de um leilão para importar o arroz.

Além disso, a medida ampliou ainda mais o abismo entre o agronegócio brasileiro e o governo federal em um momento em que o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, vinha trabalhando para aproximá-los.

As fontes ouvidas pela CNN relatam também outro constrangimento: o leilão levantou suspeitas de fraude e alimentou a oposição, que pediu uma apuração ao Tribunal de Contas da União (TCU) por eventual fraude.

São duas frentes que estão nesta linha de apuração: uma, com foco na maior arrematante individual do certame, a Wisley A. de Souza, cuja sede é uma pequena loja de queijos em Macapá e que teve seu capital social recentemente alterado; passou de R$ 80 mil para R$ 5 milhões uma semana antes do leilão.

Como mostrou a CNN na noite desta segunda-feira, empresários ligados a empresa deram informações contraditórias sobre a sua constituição societária.

Com informações Agora Noticias

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