A derrota sofrida por Lula nesta terça-feira (28) contou com o apoio de dois parlamentares petistas bem conhecidos: a deputada federal Maria do Rosário (RS) e o senador Fabiano Contarato (ES). A medida acabou sendo anulada pelo Congresso com o apoio de 314 deputados federais e 52 senadores.
Para quem eventualmente não se recorda, Maria do Rosário é a deputada petita que discutiu com o então deputado federal Jair Bolsonaro, há mais de 20 anos, sobre os assassinos do casal Liana Friedenbach e Felipe Caffé.
Maria do Rosário, que é pré-candidata à Prefeitura de Porto Alegre, foi procurada pelo jornal Folha de São Paulo por meio de seu gabinete, mas não se manifestou sobre seu voto. Nas redes sociais, a parlamentar nada falou sobre o voto. Sua última publicação, realizada hoje (29), refere-se às enchentes do Rio Grande do Sul.
O senador petista Contarato já havia anunciado publicamente que iria votar contra o veto de Lula por considerá-lo errado. Entre outros argumentos, ele chamava a atenção para o fato de o projeto ter sido aprovado por ampla maioria no Senado. Formado em direito pela Universidade Vila Velha, tornou-se delegado da Polícia Civil do Estado do Espírito Santo em 1992.
Já entre os pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo, apenas Guilherme Boulos (PSOL) votou para manter o veto de Lula, que mantinha a autorização para detentos visitarem familiares em datas comemorativas. Tabata Amaral (PSB) e Kim Kataguiri (União Brasil) votaram para derrubar o veto lulista.
Por outro lado…
‘Adversário’ do PT nas últimas décadas, o deputado federal tucano Aécio (PSDB-MG) afirmou que Lula acertou no caso dos vetos ao projeto que acaba com as saidinhas de presos. “Essa discussão ficou extremamente rasa, como várias outras. Esse meu voto foi um voto absolutamente consciente, de quem governou um estado que teve os maiores indicadores ou alguns dos maiores indicadores de ressocialização de presos no país”, justificou Aécio.
Dos 12 tucanos que votaram na sessão do Congresso em que o veto de Lula foi derrubado por grande maioria, 9 foram contrários ao petista chefe do Executivo e 3, a favor.
Além de Aécio, Paulo Abi-Ackel (MG) e Geraldo Resende (MS). “Nesse aspecto o Lula acertou. Mesmo sendo na oposição a esse governo, acho que nessa questão ele está correto e votaria novamente”, disse Aécio.
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