Caso Silvio Almeida: Lula prevaricou?

A Secretaria de Imprensa do Planalto se negou, até o momento, a responder se o presidente Lula tinha conhecimento das denúncias

A Secretaria de Imprensa do Planalto se negou, até o momento, a responder se o presidente Lula tinha conhecimento das denúncias relacionadas ao suposto ato de assédio sexual contra o ex-ministro dos Direitos Humanos Silvio Almeida.

A informação é do site Metrópoles.

Segundo o que foi revelado pela Folha de S. Paulo e pelo jornal O Globo, a primeira-dama, Janja, e o presidente da República tinham conhecimento das denúncias envolvendo Almeida. O Antagonista apurou que o caso era de conhecimento de integrantes da cúpula do governo federal há pelo menos dez dias.

O ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Carvalho, recebeu as denúncias no final de agosto. Depois, o caso veio a conhecimento do ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e, por fim, ao da primeira-dama.

Apesar disso, o governo federal somente adotou uma providência sobre a exoneração de Almeida na sexta-feira, pouco mais de 24 horas após o caso vir a tona por meio de uma publicação do site Metrópoles.

Como caiu Silvio Almeida?

Após dois dias de denúncias sobre supostos casos de assédio sexual e moral, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, foi exonerado no início da noite da sexta-feira última. A decisão ocorreu após reunião ocorrida no Palácio do Planalto com o presidente Lula.

Antes de tomar uma decisão, o presidente também conversou com os ministros da Justiça, Ricardo Lewandowski, com o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, e com o ministro da Controladoria-Geral da União, Vinícius Carvalho. A ministra Anielle Franco – Igualdade Racial – e pivô da crise também foi ouvida.

Como mostramos, a ONG Me Too Brasil informou ter recebido denúncias contra Almeida sobre casos de assédio sexual. Uma das vítimas, segundo o Metrópoles, seria a ministra de Igualdade Racial. Nesta sexta-feira, O Antagonista revelou com exclusividade que servidores foram coagidos a assinar um manifesto em defesa do ministro, o que se configuraria assédio moral.

Em resposta, o ministro negou as acusações. Em um primeiro momento, disse que as denúncias não passavam de uma “campanha” para afetar a sua imagem “enquanto homem negro em posição de destaque no Poder Público”. “As falsas acusações, conforme definido no artigo 339 do Código Penal, configuram ‘denunciação caluniosa’. Tais difamações não encontrarão par com a realidade”, declarou Almeida.

Depois, o Ministério dos Direitos Humanos atribuiu as denúncias a uma suposta tentativa da ONG Me Too interferir em uma licitação para operar o Disque 100 – canal de denúncias sobre violência sexual envolvendo crianças e adolescentes. Depois, Almeida atribuiu por meio de interlocutores as denúncias a um fogo amigo dentro do governo Lula – desencadeado pelo ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e a própria Anielle Franco.

Com informações O Antagonista

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