No programa Última Análise desta segunda-feira (23), os convidados falaram a respeito da posição do PT no conflito entre Israel e Irã. Celso Amorim, assessor para assuntos internacionais de Lula, condenou os ataques israelenses e permaneceu silente diante dos ataques iranianos. No cenário global, o país parece se alinhar cada vez mais às ditaduras como Irã, Rússia e China, em detrimento das democracias ocidentais.
“Esta é a nossa política internacional, feita com uma cabeça do século passado. O PT organiza suas ideias ainda dentro do mundo em que a União Soviética existia”, afirmou o advogado André Marsiglia. Ele explica que o país é subserviente a impérios como o chinês ou o russo, enquanto critica os Estados Unidos.
Ainda, Marsiglia explica que o Brasil está ficando cada vez mais autoritário. “Uma ditadura formal não começa com o ato de tomada de poder, mas com a desestruturação do sistema e estamos caminhando para isso a passos largos”, avalia.
“Determinada área ideológica é criminalizada e perseguida politicamente, aliás, como acontece na Venezuela e em Cuba”, lembra o ex-procurador Deltan Dallagnol. Em vez de trilhar o caminho de liberdades de países como Israel e Estados Unidos, o PT escolhe o de outros países autoritários como o Irã.
Os valores supremos
Segundo Marsiglia, o Irã estaria mais próximo do Brasil do que se imagina, em termos de liberdades individuais. Ele lembra do caso do presidente da JAC Motors, Sérgio Habib, que se tornou réu por criticar isenção fiscal a pessoas com deficiência, e o do comediante Léo Lins, condenado a 8 anos de prisão por show de humor.
O convidado do programa Adriano Soares da Costa, ex-juiz de direito, falou da influência do STF neste quadro, dizendo que, cada vez mais, ele se estabelece como um ator político: “O Supremo é um poder político. O próprio ministro Barroso afirmou que o órgão deve ter uma atuação política”, lembra.
O programa Última Análise faz parte do conteúdo jornalístico ao vivo da Gazeta do Povo, no YouTube. O horário de exibição é das 19h às 20h30, de segunda a quinta-feira. A proposta é discutir de forma racional, aprofundada e respeitosa alguns dos temas desafiadores para os rumos do país.
Gazeta do Povo