Fábio Félix quer entender as circunstâncias que levaram a esse óbito na carceragem da Papuda e garantir que situações como essa não se repitam
O deputado distrital Fábio Felix (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Legislativa do Distrito Federal, está exigindo explicações sobre a morte de Clériston Pereira da Cunha.
Clersão como era conhecido, tinha de 46 anos e faleceu no Centro de Detenção Provisória 2, no Complexo da Papuda nesta segunda-feira (21).
Ele sofreu um mal súbito no momento em que tomava banho de sol no presídio onde se encontrava preso preventivamente por determinação de Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal.
Sua prisão estava relacionada aos atos ocorridos em 8 de janeiro, mas a Procuradoria Geral da República havia se manifestado pela liberdade de Clersão atendendo uma recomendação médica.
Um laudo apontava que o detento precisava de urgentes cuidados médicos por sofrer de diabetes e outras comorbidades impossíveis de ser tratadas na Papuda.
No entanto, o juiz responsável pelo caso ignorou a recomendação da Procuradoria Geral da República, dona da ação penal.
Como preso político, a morte de Clériston Pereira da Cunha gerou revolta e indignação entre parlamentares do DF que questionam as condições em que o detento estava custodiado e a falta de atenção à sua saúde.
O deputado do PSol, Fábio Felix, na sua função de presidente da Comissão de Direitos Humanos, decidiu buscar respostas.
No entanto, o distrital apenas exigiu explicações da direção da Penitenciária, sobre esse caso. Só.
Não se sabe se o parlamentar exigirá a mesma explicação do ministro Alexandre de Moraes que optou pela manutenção da prisão, deixando de lado o parecer da Procuradoria Geral da República, favorável à soltura do preso por motivos de saúde, em setembro passado.
É preciso que o pau que da em Chico possa também ser usado no lombo de Francisco.
Se o pedido de explicação de Félix ficar só no âmbito da diretoria administrativa da Papuda, então será apenas mais uma lacração.
Radar DF
