Tendo como porta voz o senador Humberto Costa (PT-PE), a esquerda acaba “vazando” suas reais pretensões quando o assunto é a presidência do Senado Federal, que a partir de 2025 terá novo cacique
O senador pernambucano e petista de carteirinha, em entrevista ao Portal Metrópoles, afirmou que para que o partido dos trabalhadores apoiasse a eleição de Davi Alcolumbre (União-AP) à presidência do Senado, uma das condições seria a de que qualquer pedido de impeachment contra ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) não fosse dado andamento. Segundo Humberto Costa, o candidato garantiu que isso não aconteceria.
“E aí, por exemplo, queremos saber se você vai, se chegar pedido de impeachment contra alguém no Supremo, se você vai dar andamento a isso. Ele foi peremptório em dizer que não, essa pauta não faz parte do jogo que ele quer praticar lá no Senado Federal”, disse o petista.
O impeachment de ministros do STF é uma das pautas, e talvez a mais forte, da Direita no senado. Frear e limitar as irregularidades e arbitrariedades cometidas pelos ministros da Corte, de acordo com senadores da direita brasileira, chega a ser uma questão de honra e uma resposta à altura a uma sociedade que clama por uma justiça imparcial e, efetivamente, justa.
Para todos os efeitos, a fala de Humberto Costa não é a palavra final do PT, de Lula. Espaços de destaque na Mesa Diretora também são reivindicações que Lula faz questão que o partido exija. Alcolumbre é franco favorito à cadeira, mas sabe que terá muito trabalho para acomodar aliados de diferentes siglas.
A gula do PT é alta e na mira estão a vice-presidência e o comando da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), cargos que já foram prometidos ao PL e ao MDB, respectivamente. “Nós vamos agora conversar com o presidente da República e vamos voltar a conversar com ele. Mas se for esse o resultado final, pode ter certeza de que nós não aceitamos de bom grado. Achamos que não está sendo correta a chegada a esse ponto aí”, reforçou o parlamentar.
Costa também expôs a opinião de Alcolumbre sobre projetos contra o STF que tramitam na Câmara dos Deputados. “O debate sobre a existência de mandato ou o debate sobre decisão monocrática ou não, o próprio Supremo já regulamentou isso. Mas outras coisas, como querer submeter ao Parlamento o teor das decisões do Supremo, isso é uma coisa inteiramente absurda. E ele nos disse que esse tema não está no desejo de discussão que ele quer fazer”, finalizou o senador petista.
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Da redação com informações Metropoles.com e Diário do Brasil Notícias
